sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Até quando?


Chegamos ao século XXI e, infelizmente, lutas de séculos ou décadas atrás permanecem vivas em nosso cotidiano.

Assustei novamente ontem quando li a notícia de que o Milan saiu de campo durante amistoso com o Pro Patria, equipe da terceira divisão italiana, após a torcida do pequeno clube fazer cânticos racistas contra os jogadores negros do rossonero.

A atitude do Milan em sair de campo frente ao preconceito descarado destes torcedores foi um ato corajoso e mostra que nem todo italiano é fascista, mas mostra o quanto o País ainda está impregnado com os ideais de um regime derrotado na II Guerra Mundial e que levou à morte de dezenas de negros, judeus, homossexuais, ciganos e tantas outras raças e etnias durante os anos do governo Mussolini.

Boateng se revoltou e deixou o campo após cantos racistas

O futebol, um dos esportes mais globalizados do mundo, é o que mais sofre com atitudes racistas como estas. Recentemente, em outubro de 2012,  a Lazio, também da Itália, foi punida pela UEFA após a torcida entoar cantos racistas contra jogadores do Tottenham, durante partida da Liga Europa. O clube teve que desembolsar 40 mil euros devido ao ataque preconceituoso.

Também em dezembro de 2012, o brasileiro Hulk, contratado pelo Zenit, da Rússia, sofreu preconceito de uma torcida organizada do próprio clube, que é contrária à contratação de jogadores negros e homossexuais.

E os casos não param por aí. Perguntem ao Roberto Carlos, Betão e tantos outros atletas que atuam no exterior como o racismo está impregnado no futebol. E penso: o que é feito contra isso?
Punições como a da UEFA no caso da Lazio podem servir de exemplo, mas quem paga é o clube e não o torcedor racista. E aí, será que o cenário muda?

O que ajudaria a mudar este quadro seria um trabalho sócio-educativo entre os torcedores propagado pelos clubes. Ou será que, nos tempos de hoje,  Pelé, com todo seu futebol e genialidade, seria insultado por pessoas como essas? Fica a pergunta e o alerta!

Não ao racismo dentro e fora dos campos, certo?!

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