sexta-feira, 13 de abril de 2012

Santos sempre Santos



Mais um clube brasileiro chega aos 100 anos. A bola da vez é o alvinegro praiano que nos deu a honra e graça de apresentar ao mundo o maior jogador de todos os tempos. E não foi só isso. 

Nesses 100 anos de existência o Santos mostrou ao mundo a beleza do futebol arte, misturado com ousadia, alegria e competência. Mais que futebol de resultados, Santos é o verdadeiro exemplo jogo bonito.

Afinal, foi lá na Vila Belmiro que surgiram monstros sagrados que mostraram que driblar pode ser tão fácil quanto andar de bicicleta...ou fazer gol de bicicleta.

É fato que desses 100 anos, 65 deles o Santos não conquistou título alguém. Também pudera, enquanto teve Pelé, conquistou o mundo. E isso é algo para poucos, muito poucos.

Lá na areia da praia surge a cada geração craques que cravam na memória da gente jogadas inesquecíveis. E não tem como, você pode torcer para outro time, mas em alguém momento – mesmo que em segredo – vai admirar aqueles meninos da Vila.

Seja da geração Pelé, Serginho, Robinho ou Neymar, algum vez em sua vida você desejou ou sonhou que um deles mudasse de time só para deixar de atormentar o seu, não é mesmo?

De fato, o Santos é daquelas equipes que causam pouca rivalidade. Afinal, quando eles estão em alta, ficamos embasbacados admirando suas conquistas. E aí, pra quem ama ver a bola rolando com graça e genialidade só resta assistir.

Porque, no fim das contas, todo time grande só é grande se tiver adversários à sual altura. E assim, nesse centenário alvinegro só temos que agradecer aos deuses da bola por ter deixado o raio do futebol-arte cair tantas vezes num mesmo lugar. 

Parabéns torcida santista! E vida longa ao Santos Futebol Clube!

sábado, 10 de março de 2012

O problema é sempre a balança



E como muitos esperavam, Adriano aprontou mais uma das suas e foi afastado dos próximos dois jogos do Corinthians pelo técnico Tite.

Segundo informações de bastidores, como sempre, a culpa foi da balança. Adriano teria se negado a subir na balança para pesagem rotineira. A deixa do jogador foi simples e direta: "Não vou subir na balança porque eu sou o Adriano".

O preparador físico Fabio Mahseredjian ainda insistiu e Adriano manteve-se irredutível.

A informação sobre a recusa de subir na balança chegou a Tite que, imediatamente, barrou o atacante do jogo contra o Guarani, no Paulistão, e contra o Cruz Azul do México, pela Libertadores.

A briga foi feia. Tite atrasou em uma hora para a coletiva de imprensa e, visivelmente, alterado declarou que o Corinthians é maior que qualquer jogador.

A confusão com o atacante já estava para explodir logo cedo quando Adriano, em entrevista para a Rede Globo, disse estar chateado por não ter sido escalado para os jogos da Libertadores. Tite não gostou.

Corinthians e sua comissão técnica tiveram paciência de sobra com as falhas de Adriano. O atacante foi perdoado e apoiado diversas vezes e, mesmo com todo aparato dispensado, não conseguiu render o esperado.

Sua grande chance tinha sido no clássico contra o Santos. Não rendeu, embora toda equipe tenha jogado mal.

Poupado na partida contra o Nacional do Paraguai na última quarta-feira, Adriano estava escalado como titular para o jogo deste sábado. Com a confusão perdeu a titularidade e, quiçá, um espaço no time.

Evidentemente o atacante não tem correspondido às expectativas. E, aparentemente, desistiu de ser o Imperador de outrora.

Provavelmente, forçará uma saída do clube e seu destino deve ser o Flamengo, seu time de coração que, com a saída do técnico Wanderley Luxemburgo, deve abrir as portas para seu retorno.

Ao Corinthians fica a lição de que nem todos são como o Fenômeno e que o problema da balança nem sempre é tão fácil de superar.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A arte de lutar bem



Em tempos onde esportes consagrados como o boxe perdem espaço, o MMA ganha adeptos e seguidores. E não é a toa. O Brasil é a grande referência no esporte e, como tal, gera heróis e anti-heróis.

Com Anderson Silva a coisa é diferente. Ídolo inconstestável, é admirado pelo caráter, retidão e, claro, pela forma sensacional como conquista vitórias inesquecíveis no octógono.

No próximo dia 16 de março parte desta história será apresentada nos cinemas com a chegada de "Como água", filme que mostra a preparação de "Spider" para a luta em  que derrotou seu maior rival, o americano Chael Sonnen, em agosto de 2010. 

Anderson Silva conseguiu bateu o americano quando ninguém esperava. Após domínio de Sonnen nos primeiros cinco rounds, Spider conseguiu uma finalização inacreditável contra o arquirrival.

Spider e Sonnen devem se reencontrar novamente na defesa do título dos peso-médios, em luta programada para o Brasil, em junho deste ano.

Até lá, bastará aos fãs acompanhar as provocações do americano e admirar a virada pra lá emocionante de Spider nos cinemas. É pagar pra ver. Afinal, à la capitão Nascimento sabemos que "nunca serão. Jamais serão".

Veja o trailer:




quinta-feira, 8 de março de 2012

Ao Deus do saibro um espaço no hall dos imortais do tênis



Durante alguns anos o tenista Gustavo Kuerten conquistou os corações de brasileiros e estrangeiros ao dominar com alegria e genialidade as quadras de tênis do mundo.

O 'manezinho da ilha' fez dos brasileiros grandes entendidos em um esporte que não é nosso, graças à imensa falta de ídolos desde que Senna nos deixou.

Trouxe a nosso tão cansado e sofrido povo o orgulho de ser brasileiro, mostrando que mesmo quando tudo conspira contra é possível se superar e conquistar um lugar no topo do mundo.

Durante 43 longas semanas nos tornamos número um do ranking junto com ele. Acompanhamos embasbacados o ir e vira da bolinha batendo na raquete torcendo por cada ponto como se fosse um gol.

E como foi lindo – e emocionante - ver aquele menino de sorriso largo se tornar o rei de Roland Garros não uma, mas três vezes. 

Mas sonhos bons terminam cedo. Uma lesão tirou das quadras, precocemente, uma de nossas maiores alegrias. Mas não tem problema não. O 'manezinho da ilha' tinha crédito de sobra e teve, como todos os grandes deuses do esporte, pode sair de cena de cabeça erguida deixando em nossa memória momentos inigualáveis.

E hoje o mundo reconheceu seu papel no Olimpo do tênis. Guga é o segundo brasileiro a entrar para o Hall da Fama do tênis. 

Merecido hoje o menino de sorriso largo chorou. Não de tristeza, mas de saudades do tempo em que entrar na quadra era sua maior brincadeira.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Que assim seja...adeus Marcos!



Ontem* São Paulo acordou triste e chuvosa. O clima refletia a emoção dos corações paulistanos. As gostas de chuva caíam como as lágrimas de nossos olhos.

Não era por menos. Dali há poucas horas nosso maior santo milagroso estava prestes a pendurar as chuteiras, digo, as luvas. Dali há poucas horas chegava a hora de dar adeus a um dos ídolos incontestáveis de nossos gramados. Dali há poucas hora era hora de darmos adeus a São Marcos e seus milagres debaixo dos três paus.

Vida de goleiro não é fácil. Do céu ao inferno é um instante. Um gol, uma falha pode mudar o destino desse corajoso que assume o posto onde a grama não cresce. Que o diga Barbosa, que até o fim de seus dias amargou a culpa – injusta – da derrota para o Uruguai no Maracanã em 1950.

Mas vida de goleiro pode ser fácil, especialmente se o milagre debaixo das traves refletir naquele caneco tão esperado pela apaixonada torcida. Assim foi com Taffarel consagrado na final de Copa mais sofrida de nossa seleção.

Para Marcos a vida foi justa. Os erros poucos. Na memória da torcida ficaram marcados os momentos de glória, os milagres operados, mas mais do que tudo, o exemplo de homem correto, profissional dedicado, um homem verdadeiro.

O tempo é injusto com os ídolos. Confere a esses imortais pouco tempo para desfilar seu talento para nós, figuras apaixonadas pelo bom futebol. A idade e o corpo sempre batem o desejo e a vontade do jogo. 

Para nós o que resta é entender, aceitar e mais do que tudo aplaudir nosso querido São Marcos!

*11/01/2012, choveu o dia inteiro em S.Paulo.