quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A luta do século (quase) 40 anos depois


Em tempos de MMA, quem tem menos de 30 anos não deve se lembrar de uma boa luta de boxe. Talvez alguns ainda se lembrem dos tempos de Popó, mas, certamente, não passaram madrugadas acordados para ver feras como Mike Tyson, George Foreman, Evander Holyfield e, porque não, Maguila, dar um show nos ringues?

Foreman no chão após ser nocauteado por Ali

Pois saibam que o maior combate de todos os tempos está prestes a completar 40 anos e, até hoje, se você perguntar para os amantes de boxe, eles certamente dirão que a luta entre Muhammad Ali e George Foreman, no Zaire,  em 1974, é o clássico dos clássicos dos ringues.

O combate tinha temperos que hoje saboreamos nas noites de UFC. Só para relembrar, basta dizer que Foreman, aos 23 anos, era o atual campeão mundial e tinha um histórico de fazer muito lutador tremer de medo: 40 vitórias, com 37 nocautes.

Livro indispensável para quem gosta 
de histórias do esporte

Aos 32 anos, Ali era um ídolo contestável nos EUA. Tinha ficado anos afastado do boxe após se recusar a lutar na guerra do Vietnã. Em sua volta aos ringues, havia decepcionado críticos e fãs com lutas sem muita maestria. Afinal, o ex-campeão mundial não demonstrava o mesmo perfil de boxeador do passado.

Neste contexto, o desafio de Ali contra Foreman aconteceu numa jogada de marketing do empresário Don King – aquele mesmo que depois caiu em desgraça por possível associação com o crime organizado – que, financiado pelo ditador do Zaire, Mobutu Sésé Seko, levou o combate para o país africano.

Apesar do aspecto marketeiro, o combate também refletia a tensão racial americana que ainda vivia sob a luta dos direitos civis dos negros. Sendo assim, Ali representava a população negra que brigava por seus direitos, enquanto Foreman era o representante do establishment da sociedade branca norte-americana.

Detalhes políticos à parte, o combate Ali x Foreman foi uma verdade aula de boxe, em que o mestre dos ringues apresentou ao novato campeão que era necessários mais que músculos para vencer. 

Ali, um atleta extremamente técnico e inteligente, logo percebeu que Foreman, apesar de muito forte, movimentava-se pouco e não fazia combates duradouros. Sendo assim, treinou para aguentar a artilharia de socos do opositor e levou a luta até o oitavo round, deixando George cansado e entregue à maestria de Ali.

A história desta luta foi contada pelo grande escritor americano Norman Mailer, aquele que foi casado com a Marilyn Monroe, no livro "A luta". Uma obra que traz detalhes da preparação deste combate inesquecível! 

Leitura quase que obrigatória para os apaixonados pelos ringues e, porque não, para os louco pelo octógono?


Assista ao vídeo e tire suas próprias conclusões:




P.S. Detalhe: esta blogueira ama boxe e MMA e está doida para ver Anderson Silva lutar com Jon Jones, no que talvez, se torne o maior combate do século XXI!

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