quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Diamante lapidado



Hoje vamos voltar um pouco no túnel do tempo. Imagine o Brasil do começo do século XX. E agora me diga: qual poderia ser o  futuro de um jovem negro, filho de um marinheiro português com uma cozinheira? Se você pensou a malandragem, se enganou!

Esse menino de quem estamos falando, teve uma infância simples. Órfão de pai aos 9 anos de idade, foi adotado pelos patrões de sua mãe, que dividiam com ela o desejo de vê-lo formado médico ou advogado. Mas a paixão do menino era outra….a bola!

Esse jovem, chamado de 'Léo' pela família, escapava da escola para jogar peladas nas ruas do bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, deixando a família preocupada com tanto amor pela redonda.

De brincadeira, o futebol entrou na vida do menino e o amor pela arte de driblar e marcar gols, transformou Leônidas da Silva, num dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos.

Poucos conhecem a vida desse craque que foi a sensação da seleção brasileira na Copa de 1938, atuando com maestria também em clubes como Bonsucesso, Peñarol, Botafogo e São Paulo.

Inventor da bicicleta, jogada que o imortalizou, foi o grande nome do futebol nacional na década de 1940.

Recebeu dos uruguaios o apelido 'Diamante Negro'. Tão forte era o carisma do jogador, que o apelido tornou-se nome de um chocolate, comercializado ainda hoje.

Essa e muitas outras histórias (que não vou ser estraga-prazeres e contar aqui) podem ser lidas no excelente livro 'Diamante Negro – biografia de Leônidas da Silva', de André Ribeiro.

Aprovo e recomendo a leitura. Afinal, quem gosta de futebol – como eu – deixa de lado o coração corinthiano para conhecer a vida de um craque que vestiu outras camisas, por reconhecer que a generalidade de um grande craque ultrapassa qualquer grande amor futebolístico.





P.S. E ontem o Santos estreou na Libertadores e ficou no 0 x 0 com o Deportivo Táchira, num jogo de dar sono até em quem tomou altas doses de energético. E, pasmem, o Tolima ganhou do Guaraní do Paraguai. Hoje estreiam Cruzeiro e Inter na Liberta. Será que esse ano o Brasil vai fazer feio na competição? Esperamos que não!

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