quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Braçadas verde-amarelas rumo a muitos ouros



Essa semana o nadador César Cielo -  nosso orgulho nacional nas piscinas depois da era Gustavo Borges – anunciou que volta a treinar em território brazuca.
Muitos não vêem com bons olhos essa nova empreitada de nossa maior esperança de medalhas em Londres 2012; mas acredito que se o projeto for levado a sério, não só favorecerá Cielo, como toda a natação nacional, mostrando que é possível formar atletas competitivos no Brasil.
Cielo tem um projeto audacioso denominado Rumo ao Ouro em 2016. Para colocar em prática, o nadador montou uma equipe com mais seis atletas de modalidades diferentes - André Schultz, Henrique Rodrigues, Leonardo de Deus, Nicholas dos Santos, Tales Cerdeira e Vinicius Waked. Treinados por Albertinho, ex-técnico da equipe do clube Pinheiros, os jovens usarão o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, no Ibirapuera, em São Paulo, como área de treinamento.
Na coletiva de imprensa que anunciou essa decisão, Cielo disse que seu objetivo era montar um projeto capaz de trazer os atletas de fora, repatriando-os. Demonstrando confiança em sua nova empreitada, o atleta disse acreditar que essa iniciativa levará a natação brasileira a conquistar várias medalhas nos Jogos Olímpicos de 2012 e 2016. 
Também confio nisso. Afinal, o Brasil é um país repleto de jovens talentos que esbarram na falta de incentivos e condições financeiras para apostar no esporte como meio de vida. Projetos como este de Cielo, vão abrir os olhos não só das Federações e Confederações, bem como de clubes particulares, que verão quanto o apoio ao esporte olímpico pode ser lucrativo.
Mas no fundo espero que esse novo desafio dê certo. E que em bem pouco tempo o Ministério dos Esportes elabore um projeto decente para o desenvolvimento dos esportes olímpicos no Brasil, não só para lançar atletas capazes de nos dar muitos alegrias nos pódios dos Jogos Olímpicos do Brasil, em 2016, mas principalmente para incluir socialmente centenas de jovens, livrando-os da violência. Sonhar não custa nada, não é mesmo?

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