quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vaias para quem?


É com pesar que chego à conclusão de que o futebol da Seleção morreu de morte matada! Sim, foi sendo minado e destruído a conta gotas por aqueles que veem o jogo como arma de poder e não como o esporte lindo que é.

Já não importa tanto se vamos ganhar a Copa em casa – o que seria lindo de ver. Importam tantas outras coisas que, novamente, deixamos escapar.

Tínhamos em mãos a chance de dar a volta por cima, usar a realização das principais competições esportivas no país para mudar muitos aspectos do esporte e da vida urbana no país. No entanto, os planos não saíram do papel e o legado foi jogado para debaixo do tapete.

Vaias à seleção deviam se estender aos dirigentes
O pior é que a conta quem vai pagar somos nós que já somos atolados com tantos tributos. O fato, minha gente, é que assistimos atônitos aos desvios de verbas, superfaturamento das obras e tantas outras coisas ruins, sabendo que, mesmo se reclamarmos, nada vai acontecer.

Fora isso, estamos atrasados uns 13 anos com relação às outras seleções. Nosso futebol já não é o mais brilhante do mundo e os últimos comandantes da canarinho teimam em tratar o selecionado tal qual um quartel onde ‘quem pode manda e obedece quem tem juízo’. É assim que Parreira, Dunga e Felipão trataram o futebol até agora.

Não precisamos estar entre os melhores sempre. Mas precisamos evoluir. Se as outras seleções conseguiram por que não nós? Entressafra de jogadores, fase ruim, calendários apertados etc. não são respostas aceitáveis.

Temos que mudar a cabeça do dirigente, dos técnicos e mesmo dos jogadores. Falta profissionalismo e dedicação. E isso de certa forma acontece porque ganha-se muito para atuar nos gramados. O dinheiro fala mais alto que a capacidade técnica, que a vontade em campo e o merecimento. Muitos atletas têm sido convocados por outros interesses.

E aí, quando a torcida vaia e pega no pé, ainda acham que os presentes na arquibancada estão errados. Mas não estão. 

Desaprendemos a ter respeito ou qualquer emoção pela seleção desde que ela começou a ser sucateada ostentando no peito as cinco estrelas do pentacampeonato.

Quem hoje se preocupa com a canarinho se o clube pelo qual torce lhe dá mais emoção? Ninguém!

Então, a vaia de ontem à seleção não deveria ser direcionada apenas aos atletas ou ao técnico, mas a todos que transformaram a arte em negócio. Uma salva de palmas aos envolvidos (só que não)!


P.S. Felipão que me perdoe, mas volante bom é aquele que sabe marcar e sair jogando bem com a bola. Cito só alguns exemplos: Falcão, Vampeta e agora Paulinho. Se isso não te enche os olhos, que pena da nossa Seleção!

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