segunda-feira, 1 de julho de 2013

As lições da Copa das Manifestações

Amigos e amigas, o inimaginável aconteceu. O Brasil não só ganhou da Espanha na final da Copa das Confederações, como deu um baile no melhor futebol do mundo. Não adianta dizer eu já sabia. Não, ninguém sabia que isso ia acontecer!

A favor da seleção, mas contra o lado podre do futebol

Talvez as mais patriotas, que assistem futebol alienados do que está ao redor dele, tenham tido a certeza/esperança de que a seleção de Felipão sairia campeã da competição. Os outros, aqueles que acompanham o esporte diariamente, com olhos mais argutos, sabiam que a missão era difícil.

Essas pessoas, Felipão e alguns jogadores, não entenderam nada do que a imprensa esportiva criticou nos últimos anos e dias. Ninguém critica a Seleção Brasileira e o futebol por puro prazer ou masoquismo. Criticamos a falta de planejamento, o estágio de decadência no qual estávamos nos afundando, a corrupção na CBF, o fato de um homem como Marin comandar nosso maior orgulho nacional e, em parte, o autoritarismo do técnico do selecionado.

E isso, amigos, é o dever da imprensa. Não porque quer se desfazer daquilo que mais amamos, mas porque é seu dever alertar sobre essas questões e fazer com que o torcedor reflita além da bola em campo.

Não é à toa que milhares foram às ruas para protestar contra os gastos exorbitantes com a futura Copa do Mundo. E não fizeram isso porque não querem a competição no Brasil ou porque torcem contra a Seleção. Nada disso! Queremos que as coisas sejam feitas do jeito certo, dando atenção a coisas tão ou mais importantes quanto o futebol. Simples assim!

Brasileiro ama futebol e, consequentemente, ama a Seleção. E isso, nem em tempos de ditadura, fez com que torcêssemos contra nosso futebol.  Quem achou que era isso, como disse Daniel Alves e Felipão em suas últimas coletivas de imprensa, é porque não entendeu nada.

Uma coisa é contestar os desmandos de Marin, Fifa e CBF. Outra é torcer a favor de que nosso futebol voltasse a ser brilhante como sempre foi.

Ganhar da Espanha, e de goleada, é bom e dá ao Brasil a força que precisava para enterrar de vez o Maracanazzo e levantar a taça em solo brasileiro. Mas isso, amigos, jamais vai apagar o dever de informar e questionar o que está errado.


Temos que aprender a torcer a favor do Brasil dentro e fora do campo. Porque se o esporte mobilizou tantas pessoas na “copa das manifestações”, imagina o que não pode fazer a favor de tudo aquilo que interfere em nossas vidas diariamente? Pense nisso!

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