segunda-feira, 1 de julho de 2013

Valeu, Paulinho!

Coração de torcedor sofre, sofre muito! Arde de amor pelo clube, chora de tristeza nas derrotas, vibra com a empolgação de uma vitória e fica irreversivelmente machucado quando se despede de um ídolo.

Durante toda sua vida, o torcedor ficará com incontáveis cicatrizes desse gênero. Nada dura para sempre e foi-se o tempo em que era possível a um atleta vestir o mesmo manto por toda – ou por quase toda – sua carreira. 


Honrou a camisa como poucos


Os tempos mudaram... No entanto, o que nunca muda é a forma como o coração do torcedor bate. Esse nunca aprende a lição. 


Derrete-se de fanatismo pelo time e morre de amores pelos craques.

Paulinho chegou ao Corinthians há apenas três anos. No começo, como sempre, foi recebido com a devida atenção, mas com aqueles olhares desconfiados de quem ainda estava machucado pelo adeus a outro jogador. 

Podem não acreditar, mas Paulinho estava destinado ao Corinthians. Para o atleta que quase deixou os campos por causa do racismo, ali no Parque São Jorge onde cores, raças e credos se misturam, encontrou o seu lugar.

Não é preciso dizer tudo o que ele fez ao Corinthians. O torcedor sabe que nos últimos anos ele conquistou espaço na nossa história. Embora sua trajetória não se resuma a números, podemos dizer que a imagem dele subindo no alambrado e abraçando um torcedor após marcar um dos gols mais importantes de nossas vidas resumem o seu significado para os corinthianos-apostólicos-romanos!

Paulinho conquistou o mundo e o mundo agora o requista para novos desafios. Não vou dizer adeus. Acho que um até logo já serve. Porque a gente sabe que, embora ele não vá vestir nosso manto por algum tempo, em nosso imaginário sempre estará presente nos campos dos nossos sonhos. 

Valeu, Paulinho! Até breve!


P.S. Só dois elementos não gostam de volantes que marcam gols: Felipão e o adversário de Paulinho!



Publicado originalmente em 27/6/2013, em minha coluna no Portal Terceiro Tempo.

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