quarta-feira, 24 de julho de 2013

A crueldade do tempo

O tempo é cruel. Passa tão rápido que, quando notamos, acabou. Assim aconteceu com Djalma Santos. Depois de 84 anos de uma vida de glórias, saiu de fininho, deixando um baita buraco na nossa história.

Como o tempo é cruel... Não vi Djalma jogar. Mas, cresci ouvindo sobre sua primazia na lateral direita e invejando os clubes dos quais ele vestiu a camisa.


Djalma Santos foi uma lenda na lateral direita

O tempo é mesmo muito cruel. Estava aguardando a melhora na saúde de Djalma para propor-lhe uma entrevista para o meu próximo livro e, quem sabe, alinhavar a ideia de sua própria biografia. Não deu tempo.


Embora cruel, o tempo permite que possamos relembrar as glórias e a maestria de Djalma, que passou uma Copa inteira no banco e, em um único jogo – a final de 58, acabou sendo escolhido para a seleção do torneio.


Imagino que ele deva ter feito a festa contra o meu Corinthians lá nos anos 50. Mas tudo bem. Existem ídolos que ultrapassam as cores dos clubes porque são tão geniais que nos permitem engolir o orgulho clubístico e aplaudir sua maestria.


Hoje, em sua despedida, não importa se ele foi Portuguesa, Palmeiras ou Atlético Paranaense. O que vale mesmo é saldar um mestre com a bola nos pés, um ídolo imortal e um homem a se admirar.


Viva Djalma Santos!




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