Desde 2002, quando conquistou o
pentacampeonato no Mundial na Copa Japão-Coreia o futebol brasileiro nunca mais
foi o mesmo. Pouco a pouco foi descendo no ranking da Fifa – se é que ele diz
algo real sobre futebol – e perdendo o brilho de outrora.
Acontece que ficamos mal
acostumados. Desde 1958 sempre fomos apontados mundo afora como o melhor time
do mundo – com raras exceções -, como
celeiro de craques e donos de uma sabedoria fenomenal em questões de dribles.
Mas o futebol mudou e, com o
tempo, as outras seleções aprenderam com nós mesmos – através da globalização do futebol – a jogar bonito, com inteligência e aproveitando
a técnica individualizada de seus craques.
Conquista alvinegra ajudou Brasileirão em ranking |
Além disso, o esporte tornou-se
mais dinâmico, exigindo dos atletas preparo físico o que, muitas vezes, acaba
sobressaindo à técnica e à genialidade. E foi aí que, por muito tempo, o Brasil
se perdeu. Afinal, será que sabemos jogar por resultado, sem dar espetáculo?
Na Copa de 1994, sob o comando de
Parreira, fizemos a lição de casa e ganhamos o título com apenas lampejos do
nosso futebol através de Romário e Bebeto. Já em 2002, Felipão tinha em mãos um
time mais técnico e com duas estrelas no auge: Ronaldo e Rivaldo, sem contar
Ronaldinho Gaúcho que fez uma boa Copa.
Depois só tivemos desastres com o
quadrado mágico em 2006 e com um time bem abaixo da média em 2010 que, pasmem,
tinha no elenco jogadores de pouca categoria como Grafite.
Entretanto, se na Seleção
passamos por uma crise, nos clubes temos a tábua de salvação do futebol
brasileiro. As recentes conquistas de Santos, Corinthians e São Paulo no
futebol sul-americano e mundial, no caso do alvinegro do Parque São Jorge,
começam dar uma pontinha de esperança ao torcedor brasileiro.
Temos craques sim! Neymar, Lucas
e Paulinho hoje são unânimes. E, se Felipão souber usar o poder das individualidades
desses craques, somada à categoria de bons jogadores como Marcelo, David Luís, Thiago
Silva, Daniel Alves, Ramires, Oscar e tantos outros, podemos fazer bonito na
Copa disputada em casa.
Enquanto isso não se concretiza,
cabe aos clubes nacionais o papel de representar o Brasil mundo afora mostrando
que sim, ainda temos um bom futebol e podemos voltar ao topo do mundo.
Isso já se reflete em números –
controversos ou não. Afinal, a recente conquista do Campeonato Mundial de
Clubes da Fifa pelo Corinthians elevou o Brasileirão, de acordo com ranking Federação Internacional de História e
Estatísticas do Futebol (IFFHS), como o segundo campeonato nacional mais
forte do mundo, ficando atrás apenas do campeonato espanhol.
Se isso mostra que estamos no caminho certo só o tempo dirá. No entanto,
não há dúvidas de que, como no passado do Santos, de Pelé; no Botafogo, de
Garrincha e no Cruzeiro, de Tostão, serão os clubes os responsáveis a levar o futebol
brasileiro de volta ao seu lugar como protagonista no mundo da bola. É só não
perder o foco.
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