Na última semana (incluindo o
período do Carnaval), São Paulo recebeu o Brasil Open 2013 e, para a alegria de
fãs de tênis, ninguém menos que Rafael Nadal era uma das estrelas do torneio,
mesmo voltando de uma complicada lesão no joelho.
Nadal venceu o Brasil Open 2013, mas enfrentou a desorganização |
Ao receber um atleta do
nível de Nadal era de se esperar que o evento contasse com um mínimo de
estrutura, mas não foi isso que tenistas e público encontraram. Durante toda
a semana, a organização do Brasil Open foi durante criticada pela falta de infra-estrutura, tornando a competição mais um vexame brasileiro.
E, de novo, parece que batemos na
mesma tecla: ‘se o país da Copa e das Olimpíadas não consegue organizar um
simples aberto de tênis, como serão as grandes competições?’. Sei que isso é
chato e repetitivo e estamos cansados de voltar ao mesmo assunto, mas não há
como não questionar!
A imagem de nossa constante desorganização em diversos
sentidos tem feito publicações como o Financial Times criticar o Brasil nas últimas
semanas. E, patriotismo à parte, no fundo o jornal britânico tem razão.
Se somos a nova potência econômica e vamos sediar os dois
principais eventos esportivos do mundo temos que, no mínimo, fazer alguma coisa
direito.
A próxima prova de fogo será a Copa das Confederações que,
embora tenha vendidos praticamente todos os ingressos dos setores mais baratos,
pena para comercializar os tickets para os camarotes. Fora isso, vamos testar
as novas arenas e ver se pelo menos isso sabemos fazer. Sem contar que a
mobilidade urbana será um quesito à parte nas avaliações.
Não sou pessimista. Fui – e com alguns senões - continuo favorável
à Copa e aos Jogos Olímpicos no Brasil, mas estou cansada de ver que os
responsáveis pelos eventos no País cometendo os mesmos erros.
Nadal, pelo atleta que é, merecia ter sido melhor recebido, não em relação aos afagos e carinhos, pois isso o brasileiro sabe fazer muito
bem. Ele merecia ter uma quadra decente, uma arena onde as pessoas não
estivessem sufocando com o calor e, ao menos, uma bola ideal para jogar. No
entanto, a imagem que ele levará daqui é a da desorganização. E isso, meus
caros, tem um preço!
Não quero mais escrever sobre nossos erros em organizar o esporte no Brasil. Quero elogiar, será que dá para os dirigentes colaborarem?
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