É com pesar que chego à conclusão
de que o futebol da Seleção morreu de morte matada! Sim, foi sendo minado e
destruído a conta gotas por aqueles que veem o jogo como arma de poder e não
como o esporte lindo que é.
Já não importa tanto se vamos
ganhar a Copa em casa – o que seria lindo de ver. Importam tantas outras coisas
que, novamente, deixamos escapar.
Tínhamos em mãos a chance de dar
a volta por cima, usar a realização das principais competições esportivas no
país para mudar muitos aspectos do esporte e da vida urbana no país. No
entanto, os planos não saíram do papel e o legado foi jogado para debaixo do
tapete.
Vaias à seleção deviam se estender aos dirigentes |
O pior é que a conta quem vai
pagar somos nós que já somos atolados com tantos tributos. O fato, minha gente, é
que assistimos atônitos aos desvios de verbas, superfaturamento das obras e
tantas outras coisas ruins, sabendo que, mesmo se reclamarmos, nada vai acontecer.
Fora isso, estamos atrasados uns
13 anos com relação às outras seleções. Nosso futebol já não é o mais brilhante
do mundo e os últimos comandantes da canarinho teimam em tratar o selecionado
tal qual um quartel onde ‘quem pode manda e obedece quem tem juízo’. É
assim que Parreira, Dunga e Felipão trataram o futebol até agora.
Não precisamos estar entre os
melhores sempre. Mas precisamos evoluir. Se as outras seleções conseguiram por
que não nós? Entressafra de jogadores, fase ruim, calendários apertados etc. não são respostas
aceitáveis.
Temos que mudar a cabeça do
dirigente, dos técnicos e mesmo dos jogadores. Falta profissionalismo e
dedicação. E isso de certa forma acontece porque ganha-se muito para atuar nos
gramados. O dinheiro fala mais alto que a capacidade técnica, que a vontade em
campo e o merecimento. Muitos atletas têm sido convocados por outros
interesses.
E aí, quando a torcida vaia e
pega no pé, ainda acham que os presentes na arquibancada estão errados. Mas não estão.
Desaprendemos a ter
respeito ou qualquer emoção pela seleção desde que ela começou a ser sucateada
ostentando no peito as cinco estrelas do pentacampeonato.
Quem hoje se preocupa com a
canarinho se o clube pelo qual torce lhe dá mais emoção? Ninguém!
Então, a vaia de ontem à seleção
não deveria ser direcionada apenas aos atletas ou ao técnico, mas a todos que transformaram a arte em negócio. Uma salva de palmas aos envolvidos (só que não)!
P.S. Felipão que me perdoe, mas
volante bom é aquele que sabe marcar e sair jogando bem com a bola. Cito só
alguns exemplos: Falcão, Vampeta e agora Paulinho. Se isso não te enche os
olhos, que pena da nossa Seleção!
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