Parece que João Havelange, Ricardo Teixeira e Nicolás Leoz não acreditavam muito nisso até poucas horas
atrás. Afinal, nem as denúncias do jornalista Andrew Jennings, da BBC, no livro
“Jogo Sujo” tinham conseguido abalar a confiança dos três mosqueteiros da
corrupção.
Blatter, sucessor de Havelange, conseguiu escapar das denúncias |
Eis que nesta manhã, as capas dos
principais jornais e portais de notícias noticiam que Havelange, presidente de
honra da Fifa, renunciou ao cargo 12 dias antes da divulgação do relatório do
conselho de ética da entidade apontar que ele e seus fiéis escudeiros receberam
subornos da empresa de marketing ISL entre 1992 e 2000.
O documento assinado pelo alemão
Hans-Joachim Eckert, uma espécie de juiz do comitê, também afirma que os culpados deixaram
os cargos que ocupavam na entidade. O único a se salvar da fogueira foi o
presidente Joseph Blatter, inocentado das denúncias no relatório final.
A
triste notícia é que apesar de tudo, nada acontecerá aos três corruptos, uma vez
que, no período em que receberam dinheiro da ISL, a Fifa não tinha um código de
ética que legislasse sobre o tema.
Segundo
investigação da Justiça suíça, a ISL repassou aos cartolas nada menos que R$ 45
milhões. Embora fossem apontados como os chefões da máfia da ISL, nenhum dos
três comentou o assunto.
A
princípio, Havelange deixou o cargo no COI, Teixeira
abandonou a presidência da CBF e Nicolás Leoz,
semana passada, deixou a presidência da Conmebol alegando problemas de saúde.
A
verdade, meus caros, é que vendo a chapa esquentar, os paladinos do suborno
esportivo saíram de fininho para não passar a vergonha de uma expulsão da Fifa.
O que
acontece agora? Nada. Vamos de pizza suíça, enquanto os três riem de nossas
caras, gastando um dinheiro sujo!
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