Na última segunda (22/4), um grupo hacker chamado Syrian
Electronic Army invadiu as contas
oficiais no Twitter da Fifa e de seu presidente Joseph Blatter. Os
ciberativistas anunciaram a renúncia do chefão da entidade.
Nas mensagens, os hackers
diziam que Blatter admitia ter recebido para realizar a Copa do Mundo de 2022
no Catar para sustentar a entidade.
Blatter não assume casos de corrupção |
Logo após a divulgação dos
falsos tuítes, a Fifa pediu à imprensa que checassem as informações sobre a
entidade no site da mesma, já que não conseguia apagar as mensagens postadas
pelos hackers.
Brincadeiras à parte, quem
não ficaria feliz com a renúncia de Blatter e a admissão dos crimes de
corrupção que o mundo todo conhece?
Ao que me parece, o futebol
por sua ampla expansão global deixou de ser apenas um esporte, tornando uma
ferramenta política das mais poderosas. Afinal, através da bola é possível
ganhar influência, dinheiro e poder.
Nós, que amamos o jogo, ficamos
assistindo a tudo isso impassíveis porque as entidades que comandam esse mundo
de sonhos – Fifa, Uefa e CBF – são entidades privadas e não dependem da nossa
aprovação para continuar gerindo o esporte como uma máquina caça-níqueis.
Seria lindo – em um mundo
utópico, eu sei – se em todo o mundo os torcedores fizessem greve e deixassem
de ir aos estádios e assistir aos jogos ao menos um dia no ano. O impacto
financeiro disso talvez abrisse os olhos para os mandatários do futebol.
Seria bom se, em vez de
tratados como gado ou simples consumidores, fôssemos vistos como aquilo que
realmente somos: torcedores.
É a nossa paixão que move
essa máquina de milhões. Sem todos nós o que seria da Fifa, da Uefa, da CBF e
de todas as confederações nacionais? A pergunta fica sem resposta, mas faz a
gente pensar que seria lindo, de verdade, se as mensagens postadas pelos
hackers fossem verdade e pudéssemos começar tudo de novo!
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