Sempre tentei compreender como alguém pode não gostar de
futebol. Para uma apaixonada como eu, talvez seja mesmo difícil. Mas,
parodiando o grande Dorival Caymmi, penso que “quem não gosta de futebol bom
sujeito não é”.
Explico: só o futebol, esporte bretão por origem e mundial
por vocação, pode oferecer emoções à flor da pele como as que os torcedores do
Atlético Mineiro sentiram ontem.
Para quem não viu o jogo é simples: o Galo empatava em 1 a 1
com o Tijuana e estava com passaporte carimbado para as semifinais da
Libertadores até que, nos acréscimos, o juiz apitou um pênalti contra o time
brasileiro.
Galo está há alguns jogos de título inédito |
Eu, que não tenho ligações umbilicais ou clubísticas com o
Galo fiquei em choque. Sim, o sonho de ficar mais perto da conquista
sul-americana seria decidida em um chute. Imagine a cena! Os torcedores caíram aos prantos, pois embora pênalti seja
loteria, o terror no Horto virou de lado.
Mas, como no ano passado como aconteceu com o Corinthians, o
alvinegro mineiro está com sorte de campeão. E isso, amigo, para ganhar a
Libertadores conta MUITO! E, em uma defesa magistral, daquelas para entrar na
história, Vítor defendeu e segundos depois o juiz acabou o jogo.
Posso estar errada, mas emoção assim até acontece em jogos de
basquete ou em uma luta de judô. No entanto, é no futebol que ela se perpetua
em momento de suspense, amor, fé e glória!
Está certo que Vítor se adiantou na cobrança e o juiz fez
vistas grossas. Blá, blá, blá à parte, o que importa para o torcedor atleticano
é que a máxima de time pequeno está prestes acabar. O Galo Louco Brigador só
perde o título se quiser — ou a arbitragem garfar. Do contrário, pode marcar a
passagem para o Marrocos em dezembro!
E nós, loucos por futebol, só temos a agradecer pela emoção
de assistir jogos assim!